Goldman prevê nova desvalorização dos preços do aço
Os preços do aço caíram 31% desde maio de 2022, potencialmente impactando USIM5 e CSN, com o Goldman prevendo mais desvalorizações.
O Goldman Sachs prevê uma desvalorização adicional nos preços domésticos do aço, afetando potencialmente a Usiminas (USIM5) e a CSN (CSNA3). Os preços domésticos do aço caíram até 31% desde maio de 2022, com os preços internacionais mais baixos e o enfraquecimento da demanda aumentando o risco. O relatório do banco aponta para uma demanda fraca e uma balança comercial desfavorável, com os aços planos representando um risco maior devido a um prêmio maior na paridade de importação.
As importações de aços planos aumentaram 72% em junho, enquanto as exportações caíram 60%. As montadoras reduziram a produção, as vendas de caminhões desaceleraram e as vendas de eletrodomésticos voltaram aos níveis pré-pandêmicos. As siderúrgicas domésticas resistem aos descontos de preço, mas os analistas esperam uma paridade de importação sustentável de 30%.
O consumo de aços longos caiu 5% no acumulado do ano e a demanda de exportação está fraca, afetando o equilíbrio entre oferta e demanda doméstica. O prêmio de paridade de importação é relativamente equilibrado, mas verificações da indústria sugerem que descontos de preço estão sendo oferecidos para incentivar a compra. Os analistas do Goldman Sachs acreditam que a Usiminas e a CSN estão mais expostas a possíveis quedas de preços.
Os preços de exportação de aços planos da China subiram 6/t para US$ 549/t, enquanto os planos domésticos #aço os preços no Brasil permaneceram estáveis em R$ 4.600/t. Os preços de exportação FOB da Turquia caíram 27/t para 570/t, enquanto os preços domésticos de aços longos no Brasil permaneceram estáveis em R$ 3.910/t. O Goldman Sachs recomenda a compra das ações da Usiminas ao preço-alvo de R$ 9,80, representando um aumento potencial de 36,9% em relação ao preço de fechamento de R$ 7,16. O rating neutro da Gerdau e o preço-alvo de R$ 28 representam um potencial de valorização limitado. Os analistas estão menos otimistas em relação à CSN, com recomendação de venda e preço-alvo de R$ 12,50, indicando potencial desvalorização de 1,4% em relação ao preço de fechamento do dia anterior de R$ 12,68.
